O Prefeito de Marília Daniel Alonso participou, nesta segunda-feira (11), da primeira reunião do Conselho Municipalista, criado com objetivo de pactuar as futuras decisões de flexibilização da quarentena e retomada da economia no Estado após a pandemia do coronavírus.
O grupo é composto pelo Governador João Doria, secretários estaduais e prefeitos de cidades-sede das 15 regiões administrativas do Estado. Os chefes dos executivos municipais receberam informações estatísticas sobre a pandemia em todo Estado e a importância de manter as ações de isolamento social nos municípios.
“O Plano São Paulo será atualizado constantemente, com a ajuda de vocês, e todas as nossas decisões estarão amparadas nas avaliações e decisões da Saúde. O programa de quarentena do Estado de São Paulo recebeu elogios de cientistas, especialistas, professores e estudiosos brasileiros e internacionais. Isso nos serve de indicativo de que estamos no bom caminho. Não há nada que não possa ser melhorado ou aperfeiçoado, mas estamos no caminho certo”, destacou o governador.
O chefe do executivo de Marília mais uma vez defendeu na reunião a volta das atividades paralisadas. “Foi muito produtiva a nossa reunião, já existe o Plano São Paulo e a proposta de reunir os Prefeitos é apresentar a realidade de cada cidade e região para a flexibilização das atividades paralisadas, situação que venho defendendo desde o final de março, quando já tínhamos a doença controlada em Marília”, disse Daniel Alonso.
Participaram do evento os prefeitos de Araçatuba, Araraquara, Barretos, Bauru, Campinas, Franca, Marília, Presidente Prudente, Registro, Ribeirão Preto, Santos, São José dos Campos, São José do Rio Preto e Sorocaba, além de representante da Prefeitura da Capital. Eles receberam dados técnicos sobre o cenário geral de isolamento social e aceleração do contágio do coronavírus, incluindo registros de infecções e óbitos, em todo Estado.
Os números foram apresentados pelo secretário de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi. Ele destacou que o coronavírus estava restrito à Região Metropolitana de São Paulo até meados de março. Em menos de 45 dias, a doença avançou pelo interior e litoral e chegou a todas as regiões administrativas do Estado. Em 17 de março somente nove cidades da RMSP tinham casos e apenas a Capital registrava óbitos. Hoje, a doença está em todo território paulista com casos registrados em 414 municípios (64% das 645 cidades do Estado).
O levantamento da SDR aponta ainda que o contágio cresce proporcionalmente a um ritmo quatro vezes mais rápido no interior e litoral do que na Região Metropolitana de São Paulo. Entre os dias 1º e 30 de abril, o número de casos registrados cresceu 3.302% no Interior (de 129 casos para 4.389), enquanto que na RMSP o crescimento foi de 770% (de 2.793 para 24.309). Dados atualizados indicam que a taxa de ocupação de leitos na capital e demais cidade da RMSP é de 89,6%. Já no Estado, o índice hoje é de 68,2%.
Flexibilização
O início da retomada das atividades econômicas será norteado pelo Plano São Paulo, cuja construção tem levado em conta o diálogo permanente com setor econômico, sociedade civil e municípios. Os requisitos para a flexibilização da quarentena vão se basear em critérios técnicos, que incluem, como fatores principais, a redução sustentada dos números de novos casos de infecção pelo coronavírus e a manutenção da taxa de ocupação dos leitos de UTI em patamar inferior a 60%. As medidas são semelhantes às já adotadas por países como, por exemplo, Estados Unidos, Alemanha, Áustria e China.