Daniel Alonso Prefeito da cidade de Marília/SP

Postado em 09/12/2020 às 14:52

Prefeito Daniel Alonso inaugura nesta sexta 100% das obras do tratamento de esgoto em Marília

O prefeito Daniel Alonso inaugura nesta sexta-feira, dia 11 de dezembro, a partir das 9h, os 100% das obras da capacidade de tratamento de esgoto de Marília, com a conclusão da Bacia do Palmital – as bacias do Pombo e do Barbosa já estavam prontas e em pleno funcionamento.

A solenidade irá acontecer na Bacia do Palmital, que fica próximo ao distrito de Dirceu, com acesso pelo final da avenida Brigadeiro Eduardo Gomes, zona leste da cidade.

O evento contará com a presença do ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, que estará representado o presidente da República, Jair Bolsonaro.

Diversas outras autoridades estaduais e municipais estarão presentes à cerimônia, sendo que a obra quebra um tabu de mais de 30 anos e deixa um legado para as futuras gerações de marilienses e que repercutirá por toda a região, melhorando a saúde e a qualidade de vida da população.

É importante destacar que, com a conclusão de 100% das obras das estações de tratamento de esgoto, terá sequência a etapa de finalização do tratamento com os recursos de mais R$1.500.000,00, vindos do Comitê de Bacias do Aguapeí-Peixe, em parceria com o Daee, na busca de emissários clandestinos e redes coletoras para concluir esse tratamento, prosseguindo assim a interligação dessas redes coletoras, deixando todo o sistema em operação e funcionamento em sua totalidade e, principalmente, retirando de todos os pontos de rios, córregos e afluentes qualquer lançamento de emissário clandestino de esgoto no município.

Daniel Alonso falou sobre a importância da obra. "Resolvemos o maior problema ambiental de Marília e de mais de 90 municípios da região, já que todo o nosso esgoto era jogado in natura no Rio do Peixe e seus afluentes. Além de mais saúde e qualidade de vida, a expectativa é que o tratamento de esgoto traga também desenvolvimento econômico, já que muitas empresas buscam municípios com o selo de 100% do esgoto tratado para se instalarem. E essa obra sempre terá sequência, pois novos empreendimentos surgirão e haverá necessidade de novas interligações”.

Em apenas três anos, Marília passou de uma das piores cidades no quesito saneamento básico para uma cidade que caminha rumo à universalização do serviço de tratamento de água e de esgoto. No ranking elaborado pela Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental, Marília recebeu nota 2,33 em 2017. Em 2020, a nota pulou para 383,47. 

Chamada “Obra do Século”, concretizada em tempo recorde, tem 430 mil metros de construção - equivalente a 80 estádios de futebol - e vai tratar 1.112 litros de esgoto por segundo, com um sistema de tratamento de última geração importado da Alemanha, país referência em tecnologia voltada para meio ambiente.

30 ANOS DE INÉRCIA POLÍTICA

Desde o início da década de 90 a população de Marília assistiu a um verdadeiro jogo de interesses políticos, que colocou de lado o mais importante: o desenvolvimento da cidade e a melhoria da qualidade de vida de toda a comunidade.

Mesmo com intervenções da Justiça, ao longo de quase 30 anos os sucessivos prefeitos não conseguiram resolver o problema ambiental da cidade. Ao contrário, o que se viu foi o engavetamento do projeto por mais de uma década, entre 1995 e 2007.

Em 2008, nova licitação prevê conclusão da obra para 2015, o que não aconteceu e fez com que o Ministério Público Federal passasse a investigar destinação dos recursos: R$ 55 milhões do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

A situação ficou ainda mais complicada com abertura de nova licitação em 2013, a um custo de R$ 108,9 milhões, com a construtora OAS. Em 2015, as obras são paralisadas devido à falta de pagamento, acumulando um prejuízo de R$ 38 milhões aos cofres públicos. No mesmo ano, a prefeitura anuncia a retomada da obra, porém, com um aumento no contrato que passou de R$ 108,9 milhões para R$ 137 milhões.

A queda de braço entre a prefeitura, bancos públicos, Justiça, ONGs de Meio Ambiente e a população - a mais atingida pela inércia das administrações municipais que se sucederam ao longo de quase três décadas – não alterou o cronograma e as obras das ETEs foram completamente abandonadas até o final de 2016.

O ano de 2017 marca um novo período na história política de Marília, com o mandato do prefeito Daniel Alonso. Desde o início de sua campanha, ele tornou público seu compromisso de entregar à população da cidade 100% do esgoto tratado.

O chefe do Executivo agradeceu aos parceiros pela determinação e coragem em realizar essa obra grandiosa. “Com a obra do esgoto, Marília muda de patamar e irá atrair grandes empresas, que irão gerar muitos empregos para a nossa população. Em nome da população, agradecemos ao Governo Federal, à Replan, à Câmara Municipal, ao Daem e ao Daee pela parceria, viabilizando a realização dessa obra, que resolve o maior problema ambiental da nossa cidade”, afirmou Daniel Alonso.

Um dado interessante, mas que passa despercebido da maioria da população é a obra de infraestrutura subterrânea, necessária para a operação do complexo das ETEs. Foram instalados milhares de metros lineares de tubulações, dezenas de quilômetros de emissários, elevatórias e bombeamentos.

BACIA DO PALMITAL 

A ETE da bacia do Palmital, a terceira e última etapa do projeto, ocupa uma área de 157 mil m² na zona Leste da cidade, ao lado do distrito de Dirceu, com acesso pelo final da Avenida Brigadeiro Eduardo Gomes.

São duas grandes lagoas de aeração, medindo cada uma 133 metros de comprimento por 77,40m de largura e profundidade de 5 metros. Existem outras quatro lagoas de decantação, com 133m de comprimento por 7 metros de largura. Serão tratados 487 litros de esgoto por segundo na bacia do Palmital.

POMBO E BARBOSA 

Em 2019 o prefeito Daniel Alonso já havia entregado as duas primeiras obras do sistema: a Bacia do Pombo e Bacia do Barbosa, já estão em pleno funcionamento, que juntas tratam 70% do esgoto de Marília. A bacia do Pombo recebe 209 litros/segundo e atende uma população de 47 mil pessoas das zonas Oeste e Norte. A bacia do Barbosa atende 85 mil pessoas da região central e da zona Sul com 416 litros/segundo de esgoto.

COMO FUNCIONA A ETE

O funcionamento da ETE é dividido em sete etapas:

Gradeamento – O esgoto que vem das residências contém em média 1% de matéria orgânica e 99% de água. A primeira etapa do tratamento é a retenção de materiais grosseiros, como lixo, em um sistema formado por grades.

Desarenação – Na caixa de areia mecanizada, é feita a remoção dos sólidos presentes no esgoto, como areia, pedras, e detritos sólidos de pequeno tamanho, que passaram pelo gradeamento.

Geração de Ar Difuso – Três geradores de ar difuso importados produzem o ar que será injetado nas lagoas de aeração, em alta pressão. O sistema é considerado rápido e eficiente, pois potencializa a proliferação de microrganismos que consumirão a matéria orgânica do esgoto, acelerando o processo biológico devido à utilização do ar difuso. O ar pode atingir uma alta temperatura que pode chegar a 100 graus.

Lagoas de Aeração – Já sem sólidos visíveis, o esgoto é enviado para o tratamento biológico na lagoa de Aeração. Lá, ele é exposto à ação de microrganismos que promovem a degradação do esgoto e condensam em flocos, a matéria orgânica, que até então estava dissolvida no esgoto. Nesta etapa são feitas verificações das características do esgoto para adequação do processo de tratamento, tais como a quantidade de ar para a flotação das partículas e a separação da água dos flocos resultante desta primeira etapa de tratamento.

Lagoas de Decantação – Após o tratamento biológico, o líquido resultante do processo é submetido a um processo de decantação. Os flocos formados vão para o fundo das lagoas, separando-se da parte líquida, que já está livre de impurezas. No fundo estes flocos se juntam a outros, formando o lodo.

Leito de Secagem – O lodo produzido durante o processo de decantação será retirado do fundo das lagoas, desidratado, colocado para secar no leito de secagem e posteriormente será transportado para um aterro sanitário especializado. O material após seco pode ser utilizado em diversas aplicações, desde a construção civil, adubo ou ser descartado em aterro sanitário sem provocar danos ao meio ambiente.

Devolução do Esgoto Tratado ao Meio Ambiente – O esgoto tratado é devolvido ao meio ambiente com aproximadamente 99% de pureza. Apesar de não ser potável, a água resultante do processo pode ser utilizada como água de reuso para lavagem de vias e praças públicas, irrigação, ou devolvida aos rios e córregos, sem poluir o meio ambiente, pois seu tratamento possibilita esse retorno à natureza sem nenhum tipo de degradação ou dano ambiental.

 

 

Fotos: Mauro Abreu/Assessoria de Imprensa PMM

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